Com alvos em MS, polícia mira família que fraudava concursos públicos

Com alvos em MS, polícia mira família que fraudava concursos públicos

Além de MS, são cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Goiás e Paraná

A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (27), a Operação Ludificatum para combater fraudes em concursos públicos realizados em diversos municípios do país. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Ribeirão Cascalheira (MT), identificou que duas empresas ligadas por laços familiares atuaram em conjunto na organização de certames marcados por irregularidades que comprometem a lisura dos processos.

As provas apresentadas indicam fraudes em licitações, favorecimento de candidatos ligados ao poder público e compartilhamento indevido de questões entre os concursos.

Nos registros oficiais e sites das empresas, os endereços físicos informados funcionam como sede de outras companhias, o que reforça as suspeitas sobre a estrutura e a capacidade técnica das organizadoras. Em muitos casos, as provas aplicadas tinham questões idênticas, sugerindo o uso de um banco de dados comum.

A apuração teve início após denúncia da Unidade de Controle Interno de Ribeirão Cascalheira, que apontou falhas graves no concurso público nº 01/2024 da Prefeitura local, incluindo dispensa indevida de licitação, execução em prazo irregular e favorecimento de aliados políticos.

Além de Ribeirão Cascalheira, outros municípios também estão sob investigação, como Caiapônia (GO), onde uma empresa teria oferecido dinheiro para afastar concorrentes da licitação, e Gaúcha do Norte (MT), onde houve falhas na aplicação de prova para auditor interno. Em Jaciara (MT), o processo licitatório teria sido direcionado para uma das empresas sob suspeita.

Segundo o delegado Diogo Jobane Neto, a operação busca esclarecer a extensão das irregularidades e responsabilizar os envolvidos. “A ausência de uma banca legítima, falhas na contratação e falta de estrutura mínima comprometeram a confiança nos certames realizados”, afirmou. A operação segue em andamento e a Polícia Civil continua reunindo provas para aprofundar as investigações.

Fonte: Campo Grande News

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